Composição: Fernando Anitelli/Maíra Viana
O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz
Nem terno, nem tampouco ternura
À margem de toda rua, sem identificação, sei não
Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz
Nem terno, nem tampouco ternura
À margem de toda rua, sem identificação, sei não
Um homem de pedra, de pó, de pé no chão
De pé na cova, sem vocação, sem convicção
De pé na cova, sem vocação, sem convicção
À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Um cara, um papo, um sopapo, um papelão
O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, à sós
Nem farda, sem tampouco fartura
Sem papel, sem assinatura
Se reciclando vai, se vai
Um pingado quente, em maus lençóis, à sós
Nem farda, sem tampouco fartura
Sem papel, sem assinatura
Se reciclando vai, se vai
À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura
Não habita, se habitua
Não habita, se habitua
Não habita, se habitua
Um homem de pedra, de pó, de pé no chão
Essa música do grupo O Teatro Mágico levanta uma reflexão acerca de QUEM é / ou QUEM SÃO essas pessoas que passam por nós todos os dias e que por vezes parecem invisíveis.
Nossa tendência de nos acostumar por vezes nos torna cegos para a realidade do outro. De poder pensar que aquela pessoa que sente frio, fome, dor, ama, e busca sobreviver talvez tenha mais coisas em comum com você do que se supõe! E como é pensar que seu vizinho 'da calçada' vive uma realidade completamente diferente da sua?
Ok, refletir não é tão dificil!
Mas o primeiro passo foi dado... Voltar a ver! Desacostumar!
Por mais simples que pareça ser essa frase que direi, insisto em escrevê-la: Ver o outro como um semelhante!
Aquele que passa por você na rua de pé no chão é alguém que existe, que merece ser respeitado.
Não vou propor nenhuma solução, só uma mudança de olhar e de atitude.
"Se não puder fazer tudo, Faça tudo o que puder."
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