°♥
Se com esse blog eu conseguir fazer diferença na vida de uma única pessoa, já terá valido a pena.♥°

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Cidadão de Papelão

Composição: Fernando Anitelli/Maíra Viana

O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz
Nem terno, nem tampouco ternura
À margem de toda rua, sem identificação, sei não
Um homem de pedra, de pó, de pé no chão
De pé na cova, sem vocação, sem convicção
À margem de toda candura
À margem de toda candura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Um cara, um papo, um sopapo, um papelão
O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, à sós
Nem farda, sem tampouco fartura
Sem papel, sem assinatura
Se reciclando vai, se vai
À margem de toda candura
À margem de toda candura
Não habita, se habitua
Não habita, se habitua
Um homem de pedra, de pó, de pé no chão

 Essa música do grupo O Teatro Mágico levanta uma reflexão acerca de QUEM é / ou QUEM SÃO essas pessoas que passam por nós todos os dias e que por vezes parecem invisíveis.
Nossa tendência de nos acostumar por vezes nos torna cegos para a realidade do outro. De poder pensar que aquela pessoa que sente frio, fome, dor, ama, e busca sobreviver talvez tenha mais coisas em comum com você do que se supõe! E como é pensar que seu vizinho 'da calçada'  vive uma realidade completamente diferente da sua?
Ok, refletir não é tão dificil!
Mas o primeiro passo foi dado... Voltar a ver! Desacostumar!
Por mais simples que pareça ser essa frase que direi, insisto em escrevê-la: Ver o outro como um semelhante!
Aquele que passa por você na rua de pé no chão é alguém que existe, que merece ser respeitado.
Não vou propor nenhuma solução, só uma mudança de olhar e de atitude.
"Se não puder fazer tudo, Faça tudo o que puder."


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